Não existe como falar de transporte no Rio Grande do Sul e de imigrantes inseridos nesse contexto sem lembrar a Varig – Viação Aérea Riograndense.
Uma das maiores companhia aéreas do mundo na década de 60, nasceu do sonho de um imigrante. Alemão, mas um imigrante. Otto Meyer foi um visionário empreendedor que conseguiu a façanha de reunir quase 500 acionistas, entre eles o Sindicato alemão Condor, que emprestou um avião e que mais tarde viria a fundar a Cruzeiro do Sul no Rio de Janeiro .
Mas a história que eu quero contar para vocês é de uma simplicidade enorme. No início da Varig, eles tinham apenas um hidroavião que decolava da Ilha dos Marinheiros e ia até Rio Grande.
Um barco, a remos, saindo do cais da capital, levava os passageiros e as malas até o local da partida. Carregando e descarregando malas, conferindo as passagens, remando o barco com chuva ou sol estava o presidente da empresa, Otto Meyer e seu auxiliar: Rubem Berta.
Berta viria a ser presidente anos depois e criaria na Varig uma inovação sem igual no mundo de então: a Fundação dos Funcionários da Varig, para a qual foi doada metade da companhia. Essa foi a mais bem sucedida experiência socializante no Brasil. Isso aconteceu em 1945 e 15 anos depois a Varig era considerada uma das empresas com o melhor serviço em todo o mundo.