Antigamente é que era bom! Quantas vezes nós já ouvimos essa frase? O que ela tem de verdade? Afinal, o que as pessoas querem realmente dizer com isso? Elas pensam que realmente era bom? Ou estão com saudades da sua juventude?
Bom, se você pensa que realmente eram bons tempos, me desculpe… a verdade é que era uma… não posso dizer a palavra, mas você entendeu.
Cem anos atrás as mulheres estavam se mobilizam para poder votar! A taxa de mortalidade infantil era de até 250 mortes a cada 1000 crianças com menos de um ano. Em 2010 era 22 a taxa.
Cem anos atrás os transportadores enfrentavam situações impensáveis nos dias de hoje. Em dias de chuva, a estrada era um atoleiro e as carretas não passavam. Ali ficavam os homens e a carga, debaixo de chuva por semanas. As mulas, atoladas, muitas vezes morriam pelos açoites ou ainda tinham a cabeça arrancada pela corda que era puxada por outras mulas na tentativa de tirar o veículo do barro.
Em certas ocasiões o carreteiro tinha que descarregar a carreta, levar nos ombros a carga até um local a frente, desmontar a carreta, para depois remontar tudo e seguir viagem.
Floriano Molon, historiador da imigração italiana, escreveu que “se aos carreteiros da campanha se exigia paciência, mansidão e coragem, ao carreteiro serrano, a situação que se lhe apresentava exigia-lhe muita valentia, brutalidade e coragem.”
Isso porque as dificuldades naturais, as montanhas, penhascos, estradas estreitas, tudo dificultava o ofício do transportador. Sobre as dificuldades, os carreteiros diziam que no tempo das tropas de mulas – os cargueiros – era muito pior. Veio o tempo dos caminhões, e os motoristas tinham enormes dificuldades. Mas, afirmavam que na época das carretas era muito pior. Isso se chama evolução. E sob esse prisma, não… não é verdade que antigamente era melhor. Não se iluda não!