A imigração italiana trouxe ao Brasil milhões de camponeses, artesãos e comerciantes, muitos deles da região do Vêneto. Quando isso aconteceu a Itália vivia uma crise econômica muito grande. Mas, nem sempre foi assim. A Sereníssima República de Veneza, ou simplesmente Sereníssima, durante onze séculos foi um estado soberano, que incluia Croácia, Eslovênia, Âlbania, Chipre e até a Grécia e era uma potência mundial.
E foi em Veneza, no século 11 que Domecio Salvo, membro da corte, casou-se com uma princesa de nome Teodora, do reino bizantino. Ela trouxe em seu enxoval uma espécie de palito com dois dentes pontudos, que servia para espetar os alimentos. Esse é o primeiro registro que se tem do uso de garfos para fazer as refeições.
A Igreja Católica, que ditava literalmente todas as regras naquela época, se opôs ao uso do garfo.
Dizia ela que Deus já havia nos dado garfos, as nossas mãos. E classificou como pecado comer qualquer coisa de outra maneira.
Só em 1630, um cardeal francês, afirmou que cada pessoa tinha que ter um talher para ser usado à mesa e somente depois de 1800, no século 19, o costume de comer com garfo e faca se popularizou.